Está além de nós e tudo o mais
Está nas pernas dos inválidos
nas catedrais, nos vitrais, nos anais!
Está perdido e não quer ser encontrado
caminha de lado, com o cigarro de canto
tem gota, parestesia, síndrome do pânico
um pingo de berruga nas entranhas.
está para lá da freada brusca de um carro alucinado
Àa 5 e 45 da manhã
quem sabe na boca dos nativos
desta terra estranha e desolada.
E quando a música acaba
só resta estar na ante-sala do inferno
fazendo coro com os anjos e os santos
não duvido que alguém arranque “It´s a wonderful life’
de qualquer forma a gente se vai
é um salto pequeno prum abismo tão enorme (snif snif)
but fight against the life, brotha!
Não está mais lá.
não está nem em quem
mais está
pra lá de Bagdá (: ) )
(Não está mais na rima infantil, of course)
Gentlemen, está mais perto do que imaginávamos!
não tão caro como queriam os caminhões às 6 da manhã
encurtando nossa noite.
nem tão castrador quanto nossos espermas que contemos
com a fina foice dos enquantos.
(O fato é que há um certo “encanto” com rimas pobres)
Nos enquantos não sabemos o fim, tampouco lembramos o início.
Dura arte. Que a semente da vida transite´ntre um e outro tudo bem
mas uma hora temos de gozar, por Deus.
Então aquilo que “está” neste poema (como assim?)
que se foda.
terça-feira, setembro 16, 2008
sábado, setembro 13, 2008
Resgate dos mitos populares da infância ou a sabedoria do folclore do terror n.º 4
O Bicho-papão é um ser com forma em “oito”. Acima da curvatura anterior ficam seus longos caninos acompanhados da bocarra. Os olhos estão por ali também e, no fundo, olhando para aquele sorriso maligno e para aqueles olhos perversos, pode-se definí-lo como um pac-man degenerado. Ou uma versão corrompida de um smile. Ele avança ameaçadoramente para frente enquanto fala.
- O quê? A Cuca? A cuca não vem pegar mais...ehehehehe...não vem, não. Eu sei.
Ele tenta abocanhar a mão de uma das pessoas, mas não consegue.
- Alguém pode me dar água no copo? – aperta os olhos em súplica. – Ah, droga...mim, eu...não ter educanação. É, é educanação sim. Iaoiaoaiaoiaoaiaoail....hihiihi...prometo não mordê mais ninguém. Sua voz grave ecoa pelo salão.
- O quê? A Cuca? A cuca não vem pegar mais...ehehehehe...não vem, não. Eu sei.
Ele tenta abocanhar a mão de uma das pessoas, mas não consegue.
- Alguém pode me dar água no copo? – aperta os olhos em súplica. – Ah, droga...mim, eu...não ter educanação. É, é educanação sim. Iaoiaoaiaoiaoaiaoail....hihiihi...prometo não mordê mais ninguém. Sua voz grave ecoa pelo salão.
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