quinta-feira, março 29, 2007

Dos infernos e da broxada (e de como o autor possivelmente possa passear pelo céu com Beatriz (1.ª versão)

eu fazendo minhas coisas, minhas coisas malucas, eu no meio da roleta russa de amores despencando abismos cada mais e mais abismos pra dentro de mim
me faz duvidar, dúvida, dívida, Davi.
Davi engoliu Golias no meio do deserto pagão, eu engulo Adão e todos pecados-desejos que possam florescer através da poro-pele da alma
floresce no âmbito de minha carne então mas quebra-se no amontoado de vigílias e angústias de meu psico-pênis.
é este meu complexo de Elektra (como assim?) que desafina meu desejo sexual ou não, não! tive muitos pais e procuro muitos mais pra...é isso, é aquilo! Redescobrir o meu ser, me fortalecer de mim porque não tive ELE lá pra me dar a personalidade e tudo agora é insegurança e frustração porque ELE, novamente ELE não me deu à luz por completo, para ser eu eu precisava de totalmente eu, e só (clamores, retumbares, redundâncias, paus e bucetas explodindo isopores de carnaval, gritos perversos de mulheres nuas)só...ELE (palmas e júbilos com lágrimas, pingos de porra saindo de sexos e complexos)!!! poderia me dar eu!
e então (silêncio)
é isto, meu revirado complexo?

ser ou não ser...eis a solução!
a eterna dúvida.
a eterna dívida.
Davi esgotando sua droga celestial
pra dominar Golias.
eu fazendo minhas coisas, minhas coisas malucas,
querendo essa mulher, um gatilho na roleta
quando ela me engancha com as pernas têsas
toda eletricidade que houver neste mundo
seios juízes julgando minha boca, meu muco
meus sonhos meus planos meus seres de luz e sombra
- como a corte suprema antes dos portões do inferno.

você me mostra todas as vezes
com suas pernas e sua boca
os portões do inferno.
você é meu inferno.
um dos 9 que Dante quis inventar pra mim.
(já volto ao inferno)

eu faminto do corpo, um giro no pente
despencam abismos
eu querendo um pai
que dobrem os sinos!
Virgílio que não sai
e que nunca sairá.

(ao inferno mais uma vez)

você é e todas que virão serão meu inferno.
você grava (com as pernas têsas grita o coro!) um nome dentro de mim.
meu corpo recita pr´alma.
a alma devora. (croc.croc.)

eeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu fazendo minhas coisas, minhas coisas malucas, eu no meio da roleta russa de amores, os amores disparados, os amores mortos
eu caído com o tiro dado, sangue e esperma, psico-pênis amolecido.
não me julguem rigorosamente seios juízes!
(meu pai com a pistola dentro da boca, a pupila dilatada, o tiro e a cabeça explodida)
minha via crucis.
beatriz, beatriz
você como um poema envolto em vapores pra eu transpor e decifrar
só mais uma dose...e Dante que me perdoe,
mas eu vou levar sua mulher pra caminhar.

P.S - ainda faltam trechos pra serem colocados entre os versos e mesmo trechos que estão sendo retrabalhados. De qualquer forma, depois de tanto tempo com este texto na gaveta, achei que, uma vez que ele ganhou esta forma meio que definitiva, seria viável a publicação dele pra julgamento. Divirtam-se pervertidos!

terça-feira, março 20, 2007

Bactrim F man (poema toscaço de ruim...rs)

e lá pelas tantas eu que não nasci num celeiro
bato na porta traseira e digo "toc toc"
passo a língua e entro rasteiro
me descubro portentando uma bela doença
digna de um navio negreiro

lá pelas horas matinais
desço o sarrafo pela torneira
com pus e alguns sinais
de uma bela duma coceira

graças a deus, bactrim neles
gonorréia nunca mais em minha vida
eu que não nasci num celeiro
dentro dum quem sabe peguei a SIDA
(pra europeu nenhum botar defeito)

louvado seja bactrim F
pena que não posso inventar
um dele com meu nome
pro mundo todo mandar
tudo pra casa do caralho
(com direito a CEP e tudo)

- e que a casa do caralho
não seja daquele rabo
que visitei num dia de inverno
pra me proteger do orvalho.